quinta-feira, 28 de junho de 2012

Meio

Quem sou eu
Senão o filho
Do meio
Que me encontro
Neste momento
Presente ou maldito
Que difere
Sem mudar conceito
Que não existe
Se tornando um espelho
Da realidade que muda
Segundo minha vontade
Que deixa de ser minha
Ao existir
Sendo que não existe
Logo, não tenho
Nem quero ter
Vontade ou força dela
Que é variante
Em conceito e existência...

segunda-feira, 4 de junho de 2012

No pride!

Hoje, aqui e agora
A sociedade morre
E dá lugar
À uma coisa esquisita
A qual não me orgulho,
Faço parte,
Me enojo e sinto
Apenas ódio
Por não me levantar
E me deixar levar
Por um benefício
Pessoal e indiferente
Que me isola
E me machuca
Sem que eu sinta
Ou reclame
Por todos os amigos
Que eu perdi,
Não senti falta,
Magoei e matei,
Covardemente...

Vocês não vão enganar "Os filhos da Revolução"

Vocês vem
E vão,
Inconstantes
E inconsistentes...

Acordam
Com o pé esquerdo
E se deixam levar
Pela massa 
Que tudo quer
Tudo pede
E não obstante,
Tudo consegue...

Mas, lembre-se
Já parafraseando:
"Vocês não vão
Enganar/se deixar levar
Por tais pessoas,
Os filhos da revolução"
E, de certo modo,
Ele tem razão...

Tais filhos são suficientes
E percebem as nuances
De pessoas mutantes
Que não se alteram
E se irritam
Por serem quem são...

sexta-feira, 1 de junho de 2012

Poligâmica

A minha menina,
Dor estranha,
Inconstante,
Infrequente,
Que me acanha,
Barganha comigo,
E decide no começo,
Viver até o resto,
Como amante infiel,
Torturando à mim
E outros,
Definitivamente,
Absurdamente
E absolutamente...

Anjo

Amo-te, irmã de alma, que me é inerente
De um berço de ouro, que é valioso como ambos!
Amo-te, irmã estranha, porém, do começo ao fim,
Da vida e existência, maculadas pelo tempo!
Amo-te, irmã inteligente, obviamente
Que conhece e sabe resolver os mistérios do mundo!
Amo-te irmã sábia, claramente
Que conhece e, mesmo familiarizada, não sabe resolver,
Mesmo assim, os mistérios do mundo, da vida,
Perdendo tudo com o tempo, menos seu glorioso valor!




Obs.: caso não tenham percebido, escrevi este poema para uma pessoa muito especial, minha mãe, que me completa em todos os sentidos possíveis...

Covarde

Mundo pequeno,
Eu insignificante,
Terra grande,
Que tanto move
E tanto para,
Contando comigo,
Mera formiga,
Operária,
Que tanto desconheço...

Todavia, me decido
Sempre, que sou
Suficiente
E auto-suficiente;
Sou, então,
Um canalha,
Completo
E nada complexo,
Que mesmo assim,
Nada faço, 
Nem mudo,
Só reclamo,
Morrendo mais e mais,
A cada dia que,
Passa, não volta
E me deprime, 
Acovardado!

Quem?


Quem é você?
Impossível determinar
Por uma ou diversas
Causas ou pessoas...
Ser estranho,
Mutante e inalterável,
Cada vez mais,
Ao longo das histórias
De cada ser,
Vivo ou humano...
Quem sabe até,
Um inanimado,
Cheio de aromas,
De lembranças
E memórias,
Que merecem,
Precisam,
Não querem,
No entanto,
Desaparecer...

Minhas [des]ocupações mais valorosas...