quinta-feira, 18 de outubro de 2012

O despertar do Mal

   Era uma noite fria e desértica. Nada se movia. As cobras, no entanto, se alimentavam. As corujas cantavam uma melodia soturna e desoladora, onde todas as criaturas se abrigavam, à luz da lua, que a tudo recobria, como um manto sombrio. Uma cova era aberta e, ao contrário do que se supunha, em uma clareira, àquela hora da noite, era para um "corpo" retirar. O coveiro estava na meia-idade, com cabelos grisalhos, penteados para o lado e com um bigode a escovinha. Todo sujo, possuía óculos meia-lua, empoleirados em um nariz torto, quebrado há tantas luas que ele já nem se lembrava mais. Ele usava um terno escuro, mas, o paletó ele deixara fora da cova, para sujar menos, assim como a gravata. O que era surpreendente, era que o "corpo" não se encontrava em um caixão, como é comum. Se encontrava enrolado em um pano fino amarelado, com bordas douradas, e um monograma estampado em negro, com letras garrafais, e caligrafia impecável.

Uma festa


Todos os convidados chegaram, em seus carros, cada um mais lindo que o outro. Todos eram ricos, afinal. Todos possuíam motoristas particulares. Não me ocorreu de que eu, também, era rico; tanto é que a festa, em questão, se encontrava sediada em meu lar. Era uma festa que duraria diversos dias. Eu não sabia como mas, daria um jeito de entreter todos os convidados.
Na primeira noite, chamei uma cantora, simplesmente divina. Amélia era seu nome. Seus olhos possuíam cor-de-mel e, assim como eu percebia, era a mulher mais linda de toda a festa. Todos os convidados se hospedaram em minha casa, obviamente. Eu gostaria que se sentissem em casa, assim como os disse. A maioria era educada o suficiente para que nos déssemos muito bem. A não ser, é claro, alguns dos novos ricos que, como eu, ainda tinham muito a aprender, com relação a alta sociedade. Eu tinha acabado de enriquecer, em torno da indústria do meu pai que, felizmente (para alegria geral da nação), havia deslanchado.

quinta-feira, 4 de outubro de 2012

Não se engane...


Deus se senta
Olha ao seu redor
Consegue ver o universo
Ele criou tudo
Ele é perfeito
Assim como toda a criação...

Seu trono é especial
Garante esse poder estranho
À todos que nele se sentam
Ele garante o poder de ver
Tudo que for querido
Dentro deste, ou outros, universos...

Qualidade herdada de Odin
Seu irmão e pai, por idade
Aquele em que se baseou
Para criar a figura mitológica
Em que existe, atualmente
Dentro de uma gama de mentes
Que querem se enganar
E nem percebem o que há...

A barba longa é marca registrada
De todos os patriarcas
Sejam eles deuses ou humanos
Prova viva são todos
Em imagens ou textos
Concepção de idade
E de responsabilidade...

Ninguém acha estranho
Nem acha necessário questionar
Nem mesmo pensa em fazê-lo
A imaginação rola solta
E a razão rola mouca
E a humanidade, que tanto critica
A quem quer liberdade
Morre só com a possibilidade de ser livre
Que é melhor do que ser feliz, será?

O que é realmente triste
Por incrível que pareça
É que ninguém voltou dos mortos
Pra dizer com quem a verdade está
E o porquê de estar...
Para apenas não mais enrolar
A vida e os dados que ela dá!

Minhas [des]ocupações mais valorosas...