sexta-feira, 10 de maio de 2013

Poesia sem título nº 5


Os olhos brilham
As mãos suam
O coração pulsa
E a imaginação voa
Mas, tudo cessa

O vermelho me aparece
Nas bochechas enrubesce
E no sagramento, cresce
Na camisa, mancha
E no coração desponta

E a dama cheia de cruzes
Marcas do pecado
Que pediu perdão
Ao deus imaginado
Morto aos pés
Aparece para mim

Confidencio-lhe a vida
Meus segredos e amores
As Parcas sabem
O fio me foge da meada
E encontra sua tesoura
Onde o olho tem precisão
E corta com um suspiro

Minha vida
Minhas decepções
Nada além de concepções
Peço-te o escrito
E desdenho o grito
Onde a dor se torna o torpor
E o sofrimento vira momento
Onde tudo é lamento
E a morte agradece
Onde já aparece
Que além de sonho
Torto e enfadonho
É apenas mais uma sina

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